No passado dia 12 tive Assembleia Municipal. O seu ponto “forte” eram as contas de 2017 que nada acrescentaram ao já sabido, apenas confirmaram o esbulho fiscal que o PSD tem feito aos munícipes, o saldo (positivo) de gerência ultrapassou os 10 milhões de euros, como diria o poeta (Xico Buarque):
tanto IMI, tanto IMI
Sei também quanto é preciso, pá
Denunciar, denunciar
Mas cá nem faz primavera, pá.
Antes da Ordem do dia vimos moções rejeitadas com argumentos “técnico/jurídicos” (transmissão das sessões por vídeo), negada a “audição” a surdos (sem argumentos), a possibilidade de aprender a nadar nas escola (apoio ao turismo de outdoor)… não sou jornalista e a informação cabe aos jornalistas.
Vou ter um fim de mês cheio, no dia 22, no Pavilhão dos Amigos do Sobreiro, o almoço comemorativo, em Mafra dos 44 anos do 25 de Abril, no dia 25 o desfile, no primeiro é a confraternização com os meus “novos” camaradas e amigos, alguns com mais de 10 anos de luta, no segundo espero encontrar velhos amigos, os amigos das lutas com que atravessamos estes 44 anos, é certo que com alguns me encontro com alguma frequência, mas tem havido sempre um ou outro com quem tinha perdido o contacto e é sempre bom o reencontro, em particular o reencontro no desfile do 25 de Abril.
O 1º de Maio vem logo a seguir e, para mim, se o 25 de Abril abriu as “portas”, foi o 1º de Maio que as escancarou, foi o povo trabalhador que iniciou a Revolução Popular que, a custo, com luta, temos mantido viva rumo ao socialismo.
Vou começar o meu dia com a visita aos “stands” na Alameda, as sardinhas assadas dos metalúrgicos, só de pensar nelas sinto salivar-me, depois vou descer até ao Martin Moniz e desfilar pela Rua da Palma e Almirante Reis de regresso à Alameda. Já não estou no activo, mas a minha voz vai-se unir à de milhares que vão reclamar: o pagamento do trabalho suplementar; os 25 dias de férias; a revogação da caducidade e reposição do tratamento mais favorável da contratação colectiva; contra a precaridade e os baixos salários; contra a desregulação dos horários de trabalho; contra os despedimentos fáceis. O governo do PS não pode continuar ao lado do PSD e CDS a negar direitos elementares dos trabalhadores!
Sei que me vou sentir “bipolar”, cheio de alegria com o cerrar de fileiras dos muitos homens e mulheres que lutam no desfile em Lisboa, cheio de alegria por saber que, quer em Portugal, quer noutros países milhões de trabalhadores desfilam com objectivos idênticos, mas cheio de tristeza porque outros são barbaramente reprimidos pelas ditaduras fascistas que apoiam o imperialismo ou ainda por todos os veem as suas pátrias pilhadas e martirizados com guerras sangrentas. A PAZ prometida pelo sistema mundial único é uma fraude e os imperialismos, quais máfias, matam e estropiam, apenas porque é “BUSINESS”.